A batalha de argel
Os meados do século XX são um período de muitas alterações no mundo. Um dos temas que chama atenção neste período são as lutas pela independência nos países africanos e asiáticos. Muitos deles eram colonizados por países europeus, gerando uma miséria e exclusão muito grande dos povos naturais àqueles lugares.
Entre estas lutas pela independência, chamou muito atenção a luta ocorrida na Argélia, que até aquele momento era colonizada pela França. Por causa desta colonização, o território argelino era dividido em áreas “europeias” e áreas argelinas, o que gerava uma espécie de apartheid no país.
Já antes da Segunda Guerra Mundial, podia-se perceber o tema da independência e autodeterminação na Argélia. Com a promessa de De Gaulle, de conceder independência à Argélia, caso os franceses saíssem vitoriosos da guerra, muitos argelinos entraram no confronto. No entanto, após terminada a guerra, a promessa do líder francês não foi cumprida. Com a diminuição dos caminhos legais e pacíficos para a Independência, foi criada na Argélia a FLN (Frente de Libertação Nacional), que pregava o fim do colonialismo, as liberdades básicas (racial e religiosa), a autonomia do povo argelino e a independência, de acordo com os princípios islâmicos.
Para tais fins, a FLN usou de atentados e ataques aos bairros europeus da Argélia. Essa estratégia gerou um grave conflito no país, causando inúmeras mortes de ambos os lados.
É sobre este tema que nos fala o filme, A Batalha de Argel. Esta obra tem um caráter quase do neo-realismo italiano, pois trás imagens cruas, reais. As filmagens se deram nos locais onde realmente ocorreram as lutas. Existem também personagens reais, além de os atores não serem profissionais. O filme foi baseado nos relatos de um participante dos conflitos, Yacef Saadi, líder guerrilheiro e atualmente político na Argélia. Tudo isto faz do filme um documento interessante da história da independência argelina.
O filme começa nos inserindo no