A batalha de Argel
O filme retrata o contexto pós II Guerra, focando a Argélia, país do norte africano que estava lutando por sua independência em relação a sua metrópole a França. No passado, mas precisamente em 1830 o país foi invadido pela França culminando na queda do Governo Otomano existente, a invasão gerou resistência da população resultando em 45 anos de conflitos na região, além disso, os territórios conquistados foram divididos em três departamentos.
É possível identificar a partir do filme, uma divisão na população entre pessoas de origem europeia e os mulçumanos argelinos, estes com direito a voto não reconhecido. Essa divisão existente é um combustível necessário para uma “revolução” no país, em busca de mais igualdade e liberdade, o filme retrata a criação da FNL (Frente de Libertação Nacional) grupo formado por essa camada social descontente com a configuração existente no país, as táticas de guerra tem um grande enfoque mostrando táticas não convencionais além da utilização de ataques terroristas. Com essa configuração o conflito entre a FNL e o exército francês acontece, e acontece de uma maneira desigual pela capacidade dos franceses no que tange ao armamento ser maior do que a FNL.
As táticas retratadas no filme como a utilização de pessoas disfarçadas para implantar bombas em locais geralmente frequentados pela “elite” protegida pelo regime são destacadas, outro fato importante que é retratado logo no inicio do filme é a tortura utilizada para obter informações sobre a resistência argelina, tortura realizada no líder da FNL Ali la Pointe. A passagem que retrata a “vitória” FNL que conseguiu que o tema a respeito dos conflitos na Argélia entrasse em debate na ONU também é destacada e mostra que o movimento estava conseguindo chegar aos seus objetivos. A questão da greve geral também é exposta, mostrando a capacidade de organização dos menos favorecidos, representados pela FNL.
Vale salientar o realismo das cenas expostas