Muitas batalhas foram travadas desde o início da formação do reino, todas elas importantes, mas existe uma que se destaca, existe uma que será para sempre relembrada e que nunca poderá ser esquecida. Nunca poderemos menosprezar a grandeza dos guerreiros portugueses, a coragem do rei D. João I e a dignidade do destemido D. Nuno Álvares Pereira. Falamos, sem dúvida alguma, da Batalha de Aljubarrota. A grande batalha decorreu no final da tarde de 14 de agosto de 1385. As tropas portuguesas, comandadas por D. João I de Portugal e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira, enfrentavam o exército castelhano e os seus aliados, liderados por D. João I de Castela. A batalha deu-se no campo de São Jorge, nas imediações da vila de Aljubarrota. Esta batalha foi, definitivamente, um dos acontecimentos decisivos da história de Portugal. Os castelhanos chegaram a Portugal, numerosos e aparentemente invencíveis, com as suas armas desenvolvidas e uma cavalaria poderosa. No entanto, nada fez os portugueses recearem, nada os fez voltar atrás. Porquê? Porque o amor à pátria, o sangue de heróis que lhes corria nas veias e a sua dignidade impedia-os de renegar o seu próprio país e a sua independência. Assim, começou a batalha. O rei D. João I, ao contrário do rei de Castela, estava no campo, ao lado dos seus soldados e não apenas a observar a batalha de um local seguro, assim como D. Nuno Álvares Pereira. Foi uma luta dura e sangrenta, que deixou muitos mortos e feridos, mas na qual aconteceu o impossível. O exército português, de armas rudimentares, conseguiu vencer o exército castelhano, constituído por cerca de 30 000 soldados e uma poderosa cavalaria. A coragem do povo, a liderança destemida de D. João I e a inteligência de D. Nuno Álvares Pereira, que empregou a famosa táctica do quadrado e preparou a batalha de forma brilhante, fizeram com que a nação triunfasse e mostrasse a todos a sua grandiosidade. Para celebrar a vitória e agradecer o auxílio divino que acreditava