A baleia jubarte
Conhecida também como baleia corcunda, a baleia jubarte é chamada pelos cientistas de Megaptera novaeangliae. Quando salta, elevando seu corpo quase completamente para fora d’água, por alguns segundos ela parece querer vencer a gravidade e alçar vôo. Neste momento, suas longas nadadeiras peitorais, que chegam a medir até 1/3 de seu comprimento total, poderiam ser comparadas às asas de um pássaro. Esta é a origem do nome Megaptera, que em grego antigo significa “grandes asas”, enquanto "novaeangliae" fala do primeiro local onde foi registrada a espécie, Nova Inglaterra. Quem observa uma jubarte saltando fica fascinado com a beleza do espetáculo, mas com certeza ficaria ainda mais impressionado ao descobrir que aquele corpo que se projeta no ar pode pesar de 35 a 40 toneladas e medir cerca de 16 metros de comprimento.
A grande dificuldade de se estudar as baleias vem do fato de que estes animais passam a maior parte do tempo com seu corpo submerso, longe de nossos olhares. Se durante um mergulho tivermos a sorte de uma jubarte se aproximar, poderemos observá-la por inteiro. Percebemos, então, que sua cabeça é ligeiramente achatada e possui no seu topo uma série de calombos ou nódulos, com minúsculos pêlos aderidos a eles. Ainda não se conhece qual a função destes pêlos, mas supõe-se que seja sensorial. Também chama a atenção a boca, bastante longa e arqueada.
Embora seja única em seu gênero, a jubarte pertence à mesma família de outras baleias que possuem pregas ventrais. Uma baleia com pregas ventrais é chamada de rorqual e todos os rorquais pertencem à família dos balenopterídeos. Estas pregas, de coloração branca, se estendem desde o queixo até a região do umbigo. Seu número pode variar de 14 a 35 e funcionam como o fole de um acordeon expandindo quando o animal se alimenta (à semelhança do papo do pelicano) e contraindo quando ele expulsa a água para fora da boca.
Para filtrar o alimento da água do mar esta baleia utiliza uma série de