A Bacia Do Bacanga
É a maior bacia hidrográfica totalmente inserida no Município de São Luís e deságua simultaneamente na Baía de São Marcos. Além do Rio Bacanga, tem como principais afluentes o Rio das Bicas, o Igarapé do Tapete, o Igarapé Itapicuraíba, Igarapé do Tamancão e Igarapé do Piancó.
O Rio Bacanga, seu principal afluente, inicia-se por dois cursos d'água que, ao se encontrarem, passam a ter o mesmo percurso, de 16,8 km. Pela baixa energia que contém, este rio não é capaz de transportar tamanha a carga de materiais grosseiros (areias) que carreia, razão pela qual criam-se áreas de deposição, que passam a ser obstáculos naturais obrigando a mudança do curso do talvegue, e até, ramificando-se. Surgem, portanto, canais secundários rasos margeando estas zonas de depósitos, já em grande parte cobertas pela vegetação do mangue formando um ecossistema bastante diversificado (IMCA, Programa Verde, 1998).
As principais áreas de intervenção do programa, focada na Bacia do Bacanga, inclui nove sub-bacias de Vila Embratel, Campus UFMA, Sá Viana, Pindorama, João Paulo, Filipinho, Coroadinho, Praia Grande e Sacavém, onde residem cerda de 230.000 pessoas, quase um quarto da população da cidade. Essas sub-bacias, que foram selecionadas com base em estudos técnicos e inúmeras discussões com a PMSL, têm as seguintes características:
· O número total aproximado de domicílios conforme censo demográfico de 2000 IBGE era de 45.183 domicílios;
· Mais de 90% das famílias ganham menos de dois salários mínimos;
· Tipo de residência predominante: casas de alvenaria aparente;
· Fornecimento de energia em 100% dos domicílios;
· 30% das vias da região são asfaltadas;
· Abastecimento de água potável: 20.000 domicílios, de forma irregular
· O consumo atual per capita de água é menos de 40% da média;
· Menos de 30% da população da área é atendida por redes coletoras de esgotos;
· 100% do esgoto