A AÇÃO PEDAGÓGICA DO PROFESSOR EM SALA DE AULA
Neste trabalho, analisamos a interessante experiência de ensino do Colégio Estadual Professora Maria Lopes de Paula, de Almirante Tamandaré, no Paraná. A prática pedagógica adotada pela escola consiste da seguinte experiência: algumas classes foram separadas por gênero, formando-se assim turmas exclusivamente femininas, exclusivamente masculinas, além das tradicionais turmas mistas, que não deixaram de existir.
Esta é uma prática bastante ousada, senão polêmica, especialmente em tempos de inclusão escolar, uma vez que se baseia em aparente segregação, e não em união. Entretanto, a escola tomou como sustentação para adoção da prática a idéia de empoderamento, e consequente equiparação de oportunidades, uma vez que tenta oferecer a cada aluno, de acordo com seu perfil, um ambiente mais propício para seu desenvolvimento escolar. A separação foi feita, portanto, com o objetivo de se conseguir um melhor aproveitamento de cada um dos alunos. A partir daí, a escola tratou de ministrar práticas pedagógicas diferentes a cada tipo de classe, acompanhando sempre a resposta dos alunos, que foi também diferente em cada caso. Conheceremos os resultados a seguir.
DESENVOLVIMENTO
O resultado mais positivo, em termos absolutos, foi observado nas classes só de meninas. Parece que elas são mais dedicadas ao estudo e, apesar de conversarem mais em sala de aula, têm um aproveitamento superior ao dos meninos. Elas também conseguem levar a escola para casa, de forma mais eficiente que os meninos, envolvendo mais os pais no ambiente escolar. Seus pais são os que menos faltam às reuniões com os mestres, e os que mais têm interesse nas questões educacionais. As meninas também parecem ser mais competitivas entre si, além de serem mais participativas e menos tímidas, conforme pudemos constatar em uma aula de português do sétimo ano, a qual acompanhamos. A aula se constituía de uma leitura didática, e o entrosamento entre elas foi muito superior ao dos meninos,