A audição
A Audição — 4 de julho de 2012 12:41 am por: Projeto Ciência Viva
(Ministério da Ciência e da Tecnologia – Portugal)
Vamos então tentar entender como funciona este mecanismo fantástico. Vimos já que o som não é mais do que uma agitação das partículas em nosso redor. Essa agitação propaga-se desde a fonte sonora até aos nossos ouvidos. Na Figura 1 podemos ver em mais pormenor aquilo que se passa. O pavilhão auricular recebe as ondas sonoras, encaminhando-as através do canal auditivo até ao ouvido interno. O tímpano, a pequena membrana que separa o ouvido externo do interno, vai então vibrar, solidário com as moléculas do ar em redor. vibrações vão então ser transmitidas para o interior da cóclea através dos três ossículos: o martelo, a bigorna e o estribo, ligados em cadeia, entre o tímpano e a janela oval. Repare-se na ilustração deste mecanismo feita na animação da Figura 2. Estes três ossículos são muito importantes, podendo ser vistos como uma espécie de amplificadores. De fato, eles atuam como uma alavanca, aumentando a pressão das ondas sonoras cerca de 1,3 vezes. O terceiro ossículo, o estribo, transmite a sua vibração a uma membrana 17 vezes mais pequena (a janela oval à entrada da cóclea), tendo por isso que aumentar a pressão de 17 vezes. Resulta assim um aumento de pressão global de 22 vezes. Desta forma, é possível obter a agitação necessária no interior da cóclea (hidrodinâmica) para que células ciliadas do ouvido interno possam identificar as frequências que compõem um certo som, e transmitir essa informação ao cérebro. A referida transmissão é efetuada por intermédio do nervo auditivo, na forma de impulsos elétricos.
Vimos então que a energia das ondas sonoras começa por ser de origem mecânica, como onda de pressão que se propaga primeiro no ar e depois num fluído, acabando na forma de impulsos elétricos que o cérebro utiliza para construir a imagem sonora correspondente.
Mas retomemos o nosso estudo da