A atuação do supervisor na escola
Eliana ULHÔA
Flávia GONTIJO
Dácio MOURA
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET – MG
RESUMO: Este trabalho discute a fundamentação que apóia as práticas na perspectiva do letramento refletindo sua origem no mundo e no Brasil. Propõe um outro olhar sobre a alfabetização analisando a língua escrita, que é o objeto de conhecimento envolvido nessa discussão. Propõe, também, uma reflexão sobre o letramento, discutindo o tema no campo da ciência, ou melhor, na formação dos alunos para uma vida numa sociedade científica e tecnológica. PALAVRAS-CHAVE: Alfabetização, letramento, letramento científico.
1. Introdução:
É fato o baixo rendimento dos alunos nos processos de leitura e de escrita na escola fundamental no Brasil. Para alguns o baixo rendimento é justificado pela má formação dos professores, para outros pela falta de recursos financeiros e materiais, pela falta de projetos públicos e vontade política. Ao mesmo tempo em que assistimos a grandes debates sobre o que causa tal situação, temos por outro lado estudiosos que procuram entender o fenômeno e propor novos encaminhamentos, novos olhares sobre o fato. E ao buscar conhecer a prática do professor alfabetizador observou-se a idéia de que alfabetizar era ensinar o alfabeto. E nesse sentido, percebe-se uma prática voltada somente para o ensino dos aspectos do sistema de escrita onde saber ajuntar as letras e decifrá-las era objetivo de todo o trabalho da alfabetização. O resultado dessa experiência é conhecido por todos: os analfabetos funcionais, aqueles que depois de passarem pela escola não conseguem construir sentidos daquilo que lêem e não conseguem se comunicar através de textos escritos. Foi urgente agir contra essa realidade e nesse sentido, as discussões sobre
2
letramento surgidas no Brasil na década de 80 favoreceram avanços nas análises e nas práticas escolares. Chamar a atenção dos professores e