A atualidade (ou não) d'os Maias
Introdução
No âmbito da disciplina de Língua de Portuguesa, relativamente ao estudo d’ Os Maias, foi-nos proposta a realização de um estudo mais aprofundado da actualidade (ou não) d’Os Maias. Ao longo do trabalho vamos aprofundar mais os seguintes pontos: crítica social; crítica de costumes; actualidade ou anacronismo da obra e por fim a pertinência (ou não) nos assuntos programáticos. A sociedade descrita e retratada por Eça está, ainda hoje, “à solta”. A linguagem é uma característica importante, é de tal maneira soberba que nunca há-de sair de moda, mesmo que os tipos sociais tratados em Os Maias desapareçam.
Valor documental da obra
Crítica Social
A capital de Lisboa é o espaço central do romance, pois esta cidade concentrava, dirigia e simbolizava a imagem do país. Nesta altura Portugal atravessava um período decadente a nível político e cultural, sendo alvo de críticas por parte de Eça de Queirós. Este apresenta um número de personagens que representam classes sociais e/ou mentalidades, de forma a mostrar o estado de corrupção, providencialismo e parasitismo da sociedade portuguesa, assim como os seus costumes e vícios.
Eça de Queirós mostra a vida da alta sociedade lisboeta através dos episódios do romance, destacando-se:
O jantar do Hotel Central:
Este jantar preparado por Ega, pretende homenagear Cohen. Neste são feitas críticas à situação política e financeira da altura. Neste episódio o autor demonstra a discordância cultural do povo português e o declínio do país. Ega é quem critica a decadência do país e é quem deseja a bancarrota e invasão espanhola.
A corrida de cavalos:
Neste episódio critica-se o desejo de se imitar o que se faz no estrangeiro, a sociedade vive de aparências. O comportamento, vestuário e a falta de civismo são altamente criticados por Eça.
O jantar dos Gouvarinho:
Neste jantar reúnem-se a alta burguesia