A atitude de boa vontade e a abordagem centrada na pessoa
1.1 A atitude de boa vontade e a abordagem centrada na pessoa
Segundo os autores, o artigo traz à tona a junção de Carl Rogers de características como Boa Vontade (enquanto sentido ético) e a Abordagem Centrada na Pessoa consideradas amplas a ponto de ser utilizadas não apenas na psicoterapia mas também em áreas como Educação, Grupos, etc tornando-as essas características inerentes ao profissional.
Embora Francis (1997) faz a leitura da Boa Vontade de forma negativa, como algo deficiente na evolução terapêutica, por outro lado Westermann (1992) e Richman (1991) vêem o subsídio que essa característica traz nas relações individuais e profissionais. Também Patterson (1995) aponta que a Abordagem Centrada na Pessoa além de todos os outros pormenores já excessivamente explorados como métodos, técnicas objetivando atenuação de sintomas é muito mais enriquecedora, quando conduzida pelo terapeuta, como mola propulsora para que o cliente veja a possibilidade de busca e comprometimento nesse reconhecimento de si, enxergando no sujeito sua subjetividade, vendo-o como um ser singular. Sendo que essas viabilidades, na realidade, são formas de ser das três atitudes pregadas por Rogers: Empatia, congruência e aceitação positiva incondicional.
Através do acolhimento, da escuta sensível, a percepção da necessidade, sem julgamentos e objetivando um benefício vê-se o sujeito como inteiro e inacabado, em constante processo de construção cabendo ao terapeuta o respeito às escolhas simples apresentadas e direcionamento à auto-análise.
Partindo da pesquisa realizada e exposta no artigo, realizada com algumas pessoas e visando o relato de experiências vivenciadas pelas mesmas onde entende-se como contexto a Boa Vontade, obteve-se compreensões diversas do significado e da essência dessa expressão como: espontaneidade, disponibilidade para auxiliar, dedicação de tempo e atenção, cuidado e amor ao próximo, percepção de necessidades, positividade no sentimento e