a arte d argumentar
O NOME DA ROSA (?): Uma análise do Filme de
Jean Jacques Annaud
Araçatuba-SP
2004
Um autor que intitulou seu livro O Nome da
Rosa deve estar disposto a enfrentar muitas interpretações de seu título. Enquanto autor empírico, escrevi que escolhi esse título com a finalidade de deixar o leitor livre: “A rosa é uma imagem tão rica de significados que, a esta altura, não tem significado algum [...]
Provavelmente eu quis abrir tanto o leque de leituras possíveis, de modo a tomar cada uma delas relevante, que por isso produzi uma série inexorável de interpretações. Mas o texto está aí, e o autor empírico deve permanecer em silêncio. (ECO, Umberto. Interpretação e
Superinterpretação. São Paulo:
Martins Fontes, 2001, p. 193)
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo levar à reflexão de como a ficção do filme
“Nome da Rosa”, pode nos colocar frente a possíveis realidades, que foram utilizadas pela
Igreja ao longo dos séculos. São meios engendrados pelo autor, que através de um narrador contribui para tornar o filme tão real, que quase acreditamos que não é uma obra de ficção e sim uma veracidade. Onde acaba a ficção e onde está a realidade, torna-se um labirinto.
Unitermos – segredos, rosa, mistérios, inquisição, livros.
RESUMO
El presente trabajo tiene como objetivo llevar a uno a pensar cómo la ficción de la película “Nome da Rosa”, puede possernos delante de las posibles realidades, que fueron utilizadas por la Iglesia a lo largo de los siglos. Son medios envueltos por el autor, que a través de un narrador contribuye para volver la película tan real, que casi creemos que no es una obra de ficción, sino una fotocopia de lo real. Donde acaba la ficción y donde se encuentra la realidad, se torna un laberinto.
Unitermos: secretos, rosa, misterios, inquisiciones, livros.
1. Introdução
Venerável Irmão (pergunta William a Jorge), há muitos livros que falam de comédia. Por que este lhe inspira tanto temor?