A Arte Egéia
Curiosamente, até 1870 não se imaginava que uma grande civilização tivesse existido nas ilhas do mar Egeu muito antes do aparecimento dos gregos. Os amantes dos versos de Homero, poeta que escreveu a Ilíada, certamente conheciam a história da Guerra de Tróia (na atual Turquia), cidade atacada, vencida e destruída pelos “gregos” num cerco de dez anos! Tudo porque o estranho povo de Tróia raptara a formosa Helena...Mas poucos acreditavam na veracidade de uma guerra em que Deuses e mortais se misturavam. Isso só poderia ser fruto da imaginação de um poeta cego!
Pois foi um alemão, arqueólogo amador, Heirich Schliemann, que em 1870 começou a escavar Tróia. Depois fez escavações no território continental Grego e descobriu Micenas e Tirinta, duas cidades egéias. Seu trabalho foi seguido pelo arqueólogo inglês Arthur Evans, que em 1900 fez descobertas sensacionais na Ilha de Creta, berço da civilização egéia.
Se a Guerra de Tróia aconteceu ou não, ainda hoje é objeto de polêmica. Mas o certo é que a cultura e a arte egéia influenciaram, ou mesmo deram origem à cultura grega, passando inclusive pela mitologia tal qual a conhecemos hoje...
CARACTERÍSTICAS
A arte egéia é representativa da cultura de três civilizações que floresceram no mar Egeu por volta de 3000 a.c.. Esses povos , embora tenham se desenvolvido em três regiões próximas, eram culturalmente bem distintos, o que se revela nas artes e em seu modo de vida.
A Arte Cicládica, desenvolveu-se nas Ilhas Cíclades, a Minóica ou Cretense na Ilha de Creta e a Micênica ou Helênica no continente grego.
A cultura Cicládica, do começo da idade do bronze, caracterizou-se pela simplicidade, austeridade e singeleza e foi a que menos deixou objetos artísticos. Mais comuns são algumas sepulturas em pedra e peças de cerâmica decoradas com motivos lineares, espirais, geométricos e curvilíneos. Merecem destaque, porém, os ídolos de mármore, de poucos centímetros, de motivo abstrato, cabeça ovóide , apenas com