A Arte De Ensinar
Quem nunca ensinou algo a alguém? E nas tentativas de ensinar este alguém aprende e, aprendendo, adquiri o saber da experiência, e se sente convidado a ensinar. Mas ensinar com arte, com coerência e com prazer. Experiência de vida, experiência de leitura, experiência de trabalho, experiências inspiradoras. Quem vive aprendendo com suas experiências torna-se perito da humanidade. Transbordando em comunicação as experiências intimas e meditadas.
A arte de ensinar coloca entre as pessoas e símbolos a trajetória da alma, se aventurando na emoção e a inteligência na direção de criar sinais para as viagens e percursos formativos.
Há quem não se contenta em ensinar o mínimo necessário, mas outros sim. Acumular conteúdos que não preenchem ninguém e deixando de lado o essencial, perigosamente o essencial, sem a estranha maestria, de sentirmos satisfeitos pelo fato de “ensinar”. O saber ensinar o essencial, sem a arte de fazê-lo de um modo inesquecível, desenhando e projetando na mente dos alunos experiências transformadoras.
Em primeiro lugar, é necessário que conheçamos o que pretendemos ensinar, isto sim, requer uma arte. Mas você pode estar perguntando, é lógico que o docente precisa conhecer aquilo que pretende ensinar! O que há de novo nisso? Lógico! Sem dúvida!
Conhecer, não é uma palavra tão simples, há vários tipos de conhecimentos, e devemos sempre observar se o conhecimento que possuímos sobre alguma coisa é o mais adequado para a tarefa de ensinar. E se a didática atual postula que nosso papel é mostrar a utilidade dos conhecimentos que os alunos estão adquirindo, pois a época em que o docente simplesmente pregava a matéria para os alunos e estes somente aceitavam está em extinção. Além do mais nada como ter vivido na prática o que em geral, temos de expor com palavras.
Conhecer e praticar aquilo que pretende ensinar. Esta é a primeira, esta é a obvia e mais importante condição para que eu possa me considerar um docente.