A Arte de Demitir
Demitir não é mérito e também não pode dar prazer a ninguém. Mas infelizmente é um ato totalmente normal dentro das organizações. Sei que também existem situações onde não se tem o que fazer, fases ruins das empresas, momentos de ajustes e reestruturação, e, inclusive, aquelas em que nos deparamos com pessoas até superiores ao que precisamos, ou pessoas que não se ajustam aos padrões e valores da empresa e tem-se que fazer as mudanças cabíveis. Mesmo assim, ainda que haja motivo mais do que suficiente para a demissão, há que se pensar: O que foi que eu fiz ou o que não fiz que me levou a isso? O que poderia ter feito de diferente, que talvez mudasse o rumo das coisas? Como fiz o processo seletivo desta pessoa? Se ela já teve bons momentos, bom desempenho, bons resultados, o que pode ter provocado a mudança? O que farei da próxima vez para não ter que passar por isso novamente.
Demitir faz parte do negócio, mas “arte” não é.
Artistas produzem arte, isto pressupõe coisas belas e boa; alguns executivos são artistas na função de liderar, produzem bons resultados, produzem arte.
Demitir alguém não pode ser considerado arte, na medida em que produz dor, sofrimento, tristeza e nada disso é belo ou bom.
Se demitir fosse uma “arte”, cartas de demissão estariam expostas no MASP.
O filme "Amor sem Escalas”, traz a história de um homem cujo trabalho é viajar de empresa em empresa, prestando um tipo de serviço diferenciado no campo da Gestão de Pessoas. Sua empresa é especialista em desligar funcionários de clientes que não desejam fazer isso por conta própria - em casos de reestruturações, demissões em massa ou por qualquer outro motivo, todos relacionados à crise econômica que afeta o país na época. Então, uma empresa contrata seus serviços e o protagonista vai até o escritório do cliente, demite as pessoas indicadas utilizando um script previamente aprovado, que traz a missão de mostrar aquele momento ao funcionário como sendo o de uma