A ARTE DA PRUD NCIA Resenha
Como verdadeiros operadores do direito devemos ter em mente antes de mais nada o que significa prudência, para que possamos cautelosamente arguir ou ser arguido quando da necessidade de solucionar um conflito. Para tanto se faz necessário examinarmos essa palavra. A presente obra nos mostra por alguns aforismos que tem como suporte a palavra prudência de origem grega “phronêsis”, e é considerada uma virtude, moderação, sensatez, relacionando-se com diversos valores, como a sabedoria, introspecção e conhecimento. Neste caso, a virtude é a capacidade de julgar entre ações maliciosas e virtuosas, não só num sentido geral, mas com referência a ações apropriadas num tempo dado e num determinado lugar. Ela pode ser utilizada em diversos sentidos. O simples fato de comunicarmos o outro uma determinada situação delicada ou uma má notícia, requer uma linguagem clara e adequada e isso significa prudência. Por outro lado, dispõe a razão para discernir em todas as circunstâncias o verdadeiro bem e a escolher os justos meios para o atingir, evitando, assim, ações e condutas que vão contra a prudência. Ela conduz a outras virtudes, indicando-lhes a regra e a medida.
Embora prudência seja aplicada a qualquer julgamento, as tarefas mais difíceis, que distinguem uma pessoa como prudente, são por exemplo: “descobrir o ponto fraco de cada um, não ser vulgar em nada, não se dedicar a coisas sem reputação, comportar-se sempre como se fosse observado, entre outros citados na presente obra, Saber fazer o bem”. Também representa cautela, Mas, ao contrário do que pensa o senso comum, Prudência não é morosidade, aliás, não admite perda de tempo na relutância de tomar riscos, que permanece uma virtude com respeito aos riscos desnecessários, mas quando injustamente estendido, pode se tornar o vício da covardia. Ou seja, é necessário calcular bem. É pensar e repensar sobre as coisas importantes da nossa vida, em especial quando algo não vai bem. Só é prudente quem