A arte da guerra
2 Introdução
O livro discorre sobre a analogia entre o mundo dos negócios e o do campo de batalha. Relata principalmente, a “ guerra automobilística “ travada entre os Estados Unidos e o Japão nas décadas de 80 e 90.Diz-se que os Estados Unidos ganharam a segunda grande guerra, porém perderam a “ guerra comercial “ para o Japão .
É fato que, já foram elaboradas várias obras e estudos relacionando a aplicação de estratégias militares à prática de negócios, porém nenhuma nelas compara-se a obra de A arte da Guerra, de Sun Tzu, que transcende o contexto militar e oferece a base para uma introspecção na natureza das práticas modernas nos negócios. Estes preceitos fornecidos pelos estudos de Sun Tzu são muito valiosos, pois nos permite estudar um fato marcante no século XX: o declínio da economia americana em função da economia japonesa.
O livro de Sun Tzu, mesmo escrito em um passado distante, é utilizado como modelo e base para gerência estratégica e proposto para ilustra o desenvolvimento das argumentações dos autores.
1 Campos de batalha e salas de conselhos
1.1. De concubinas a Mao Tse-Tung
A arte da guerra, de Sun Tzu, provavelmente foi escrito entre 400 e 320 a.C., cem anos antes do nascimento de filósofos chineses como Lao-Tze e Confúcio. Portanto, esta obra tem, hoje, mais de 2300 anos de existência.
Mesmo nos dias de hoje, reflexões e textos militares modernos inspiram-se, em grande parte, na obra de Sun Tzu.
Uma passagem clássica destes ensinamentos que ilustram a genialidade e capacidade de Sun Tzu, foi o treinamento dado a concubinas do imperador Ho-Lu, de Wu. Após ter lido a Arte da Guerra, o imperador pediu a Sun Tzu que demonstrasse se seus trabalhos eram aplicáveis ao treinamento de mulheres. Sun Tzu então, pediu ao imperador total autoridade e demonstrando seriedade exibiu armas de execução e selecionou 180 concubinas imperiais, dividiu-as em dois grupos chefiados pelas concubinas preferidas do imperador.