A Arte como Profissão
1 Cf. P.-M. Menger, Le paradoxe du musicien. Le compositeur, le mélomane et l’État dans la société c (...)
2Vinte anos depois da primeira edição de Le paradoxe du musicien, obra que marca o princípio do seu percurso, profundamente ligado à sociologia da criação musical, o autor edifica um importante e incontornável quadro conceptual, no domínio da sociologia das profissões, mercados das artes e trabalho artístico. 1
2 Actualmente, o Centro de Sociologia das Artes designa-se Centro de Sociologia do Trabalho e das Ar (...)
3No princípio dos anos noventa, Pierre-Michel Menger sucedeu a Raymonde Moulin na direcção do Centro de Sociologia das Artes e, desde então, tem vindo a dedicar-se, em particular, ao estudo dos diferentes métiers do espectáculo, modalidades de carreira dos artistas, mercados de trabalho nas artes, impacto das políticas culturais públicas. 2
4Dois dos seus livros mais recentes testemunham, claramente, a organização do seu campo de pesquisas.
5Em primeiro lugar, destaca-se a análise da arte como profissão: o livro La profession de comédien. Formations, activités et carrières dans la démultiplication de soi (Paris, La Documentation Française, 1997, 455 pp.) é disso um exemplo e representa um domínio de aplicação das démarches teóricas que Pierre-Michel Menger preconiza para as artes do espectáculo.
6Em segundo lugar, a análise da arte como trabalho: o livro Portrait de l’artiste en travailleur. Métamorphoses du capitalisme (Paris, Seuil, 2002, 96 pp.) apresenta a arte como um modelo fecundo para o estudo das formas contemporâneas de emprego, recomposição dos mercados de trabalho e gestão das carreiras.
7Em conjunto, estes livros merecem-nos duas breves notas, relevantes para a sua