A arte ceramista no brasil
No Brasil, a cerâmica tem seus primórdios na Ilha de Marajó. A cerâmica marajoara aponta à avançada cultura indígena que floresceu na ilha. Estudos arqueológicos, contudo, indicam a presença de uma cerâmica mais simples, que indica ter sido criada na região amazônica por volta de cinco mil anos atrás.
Quando arqueólogos fizeram pesquisas nas áreas amazônicas varias teorias de sua origem surgiram, dentre elas: nômades dos Andes, vindos do Peru fugindo da conquista espanhola ou da América Central, e com maiores possibilidades, das Antilhas. Outra seria um êxodo começado no Grande Chaco.
Essas pesquisas começaram em 1958, quando foi descoberta uma aldeia datável de cerca de 5 mil anos na cidade costeira de Valdívia; e desde então mais aldeias do mesmo período foram descobertas no interior, na direção da Amazônia, com cerâmicas, instrumentos e objetos decorativos revelando um nível insuspeitado de sofistificação.
Mesmo o índio desconhecendo o torno e operando com instrumentos rudimentares, conseguiu criar uma cerâmica de valor, que dá a impressão de superação dos estágios primitivos da Idade da pedra e do bronze.
Foram identificadas várias fases da cerâmica brasileira, que foram divididas em:
Ananatuba: a mais generalizada e provavelmente atribuível às primeiras sedimentações datava entre o séc. VII e o X a.C., apresentando uma técnica plenamente desenvolvida, povo dividido em tribos, cada um ocupando uma única maloca e abrigando uma centena de moradores;
Mangueiras: pertencente ao grupo que sucessivamente prevaleceu sobre o primitivo Ananatuba, sua duração estimada entre o séc. IX e o XII;
Formiga: outro grupo coevo deste último, mas com a cerâmica mais pobre;
Aruã: denominação dada por pesquisadores europeus a um grupo que vivia em pequenas ilhas no Amazonas, tudo indicando uma cultura bastante singular, em face do uso de urnas funerárias, um ritual de notável contribuição na determinação de fases;
Marajó: é um