A Arte Bizantina
O termo arte bizantina refere-se à expressão artística de caráter religioso doImpério Bizantino. No entanto, deve-se lembrar que esta tendência artística, por meio de influência político-religiosa, expandiu-se para regiões fora das fronteiras imperiais.
História
Os crescentes problemas causados nas fronteiras causado pelos bárbaros, além de problemas dentro de Roma com o senado constantemente se envolvendo em questões relacionadas ao reinado dos imperadores, fez com que os imperadores optassem por outras cidades para serem sedes do império. O imperador Constantino(r. 306–337) transferiu a capital do império para Bizâncio, antiga cidade renomeada mais tarde para Constantinopla. Neste local reúnem-se toda uma série de fatores que impulsionam a ascensão da nova expressão artística.
Esta arte viveu o seu apogeu no século VI, durante o reinado do imperador Justiniano(r. 527–565) ao qual se sucede um período de crise denominado Iconoclastia e que consiste na destruição de qualquer imagem santa devido ao conflito político entre os imperadores e o clero. Após a crise iconoclasta, houve uma nova era de ouro da arte bizantina que se estendeu até o fim do império no século XV. No entanto, reminiscêcias desta arte permaneceram embuidas dentro da religião ortodoxa e em regiões como a Rússia que receberam grande influência da cultura bizantina.
Influências
A localização de Constantinopla permitiu à arte bizantina a absorção de influências vindas de Roma, da Grécia e do Oriente e a interligação de alguns destes diversos elementosculturais num momento de impulso à formação de um estilo repleto de técnica e cor. A arte bizantina está intimamente relacionada com a religião, obedecendo a um clero fortalecido que possui, além das suas funções naturais, as funções de organizar também as artes, e que consequentemente relega os artistas ao papel de meros executores. Também o imperador, assente num poder teocrático, possui poderes administrativos e espirituais.