A arquitetura Moderna como prática cultural: Frank Lloyd Wright
Frank Lloyd Wright
A arquitetura moderna é o reflexo das grandes inovações técnicas do século XIX. Materiais como o aço e o betão armado concederam aos arquitetos possibilidades inéditas de
criação,
dando
origem
a
um
movimento
completamente diferente de tudo que se viu até então: o
Movimento Moderno.
O que melhor caracteriza a arquitetura moderna é a escolha de formas simples, geométricas, com uma certa ausência de ornamentação. Valoriza-se o emprego dos materiais na sua essência (betão à vista, sobretudo), em detrimento do reboco e da pintura. As diferenciações apresentadas nesta arquitetura variam quase de arquiteto para arquiteto. Ainda
assim,
é
possível
encontrar
algumas
diferenças mais regionais, como é o caso de Frank Lloyd
Wright, Walter Gropius, Le Corbusier, Oscar Niemeyer, Mies van der Rohe ou Alvar Aalto, que apresentam características muito próprias e distintas entre si. Frank Lloyd Right surge no grupo dos arquitetos mais organicistas: dizia que o edifício, assim como um organismo vivo, precisa crescer a partir do seu meio, deve partir da função para a forma - ao se olhar para uma construção desse tipo é muito fácil saber a que se destina.
A escolha por este arquiteto nesta crítica, recai pelo facto de a sua obra ser tão diversificada que acaba por caracterizar e descaracterizar a própria Arquitetura Moderna. A sua obra tornou-se, num certo sentido, uma antítese daquilo que foi a evolução do Movimento Moderno. Foi um arquiteto que explorou sempre progressivamente os seus conceitos de
Imagem 1: A organicidade d Museu
Guggenheim Nova Iorque.,
Arquitetura, e que atravessando várias fases, atribui novas possibilidades à evolução do Movimento Moderno.
A obra de Wright é marcada pelas diversas fases que atravessou, desde a forte influência de Louis Sullivan até ao culminar de uma fase assumidamente moderna em que
pretende