A Arquitetura Eclética no Brasil e no Mundo
Luciana Carvalho
1. INTRODUÇÃO
O Ecletismo é o uso ou mistura de estilos do passado ocorrido na segunda metade do século XIX, é a linguagem eufórica da liberdade calcada na nova tecnologia.
Além do uso e mistura de estilos estéticos históricos, a arquitetura eclética de maneira geral se caracterizou pela simetria, busca de grandiosidade, rigorosa hierarquização dos espaços internos e riqueza decorativa.
2. CONCEITO
O termo Ecletismo denota a combinação de diferentes estilos históricos em uma única obra. Sem, com isso, produzir novo estilo. Esse método é baseado na convicção de que a beleza ou perfeição é alcançada através da união entre os melhores trabalhos dos melhores mestres.
O termo como conceito foi introduzido na História da Arte pelo teórico alemão Johann Joachim Winckelmann (1717-1768), no século XVIII, para denominar um sincretismo identificado nas obras de alguns artistas como os Carracci e seus seguidores. Inicialmente, o terno tem sentido pejorativo, como sinônimo de falta de personalidade e originalidade. No século XX, porém, o termo perde essa conotação e é usado para indicar fases ou fenômenos sincréticos em culturas de diferentes períodos ou regiões. Desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), tende-se a admitir o ecletismo como procedimento válido na atividade criativa.
O ecletismo chega à Arquitetura no século XIX, na França. Como reação à hegemonia do estilo greco-romano, os arquitetos começam a propor a retomada de outros modelos históricos, como o gótico e o românico. O principal teórico do ecletismo arquitetônico é o francês César Denis Daly (1811-1893) que não o entende como uma atitude de cópia, mas da habilidade de combinar as características superiores desses estilos em construções que satisfaçam a demandas da época por todo tipo de edificação.
O ecletismo tem forte presença na Europa na segunda metade do século XIX. O estilo Segundo Império ou Napoleão III, na França, é