A arquitetura dos engenheiros
A construção em ferro e aglomerados plásticos não é uma invenção moderna: o concreto era conhecido pelos construtores da Roma antiga; no século XVIII construíram-se estufas, galpões, pontes em ferro. A substituição da lenha pelo carvão na extração do ferro permite seu processamento e produção industrial e, quase simultaneamente, nascem as primeiras fábricas de cimento. As condições efetivas que levam à utilização do ferro e do cimento como materiais de construção são: 1) a produção desses materiais em grandes quantidades e baixo custo; 2) a possibilidade de transportá-los facilmente, também sob a forma de elementos pré-fabricados, das fábricas aos canteiros de obras; 3) suas qualidades intrínsecas de materiais de sustentação e a possibilidade de cobrir amplos espaços com uma área mínima de suportes; 4) a economia no tempo e custo da construção; 5) o progresso da ciência das construções e do cálculo matemático das cargas e empuxos;6) a formação de escolas especializadas para engenheiros.
Apesar da polêmica, acirrada principalmente na França, entre os pioneiros da funcionalidade técnica e os conservadores da arquitetura “dos estilos”, isto é, entre estruturalistas e decoradores, firma-se cada vez mais a convicção de que apenas comas novas metodologias construtivas será possível alcançar aquela configuração dinâmica do espaço que corresponde à sensibilidade, ao sentido da vida da sociedade moderna.
A vitória dos técnicos é consagrada pela construção da torre projetada por A. G. Eiffel (1832-1923). É uma construção tecnicamente funcional, cuja única finalidade, porém, é dar visualidade e magnitude aos elementos se sua estrutura: sua inegável função representativa.
Na torre Eiffel, e justamente por não ter outra função além de visualizar sua própria funcionalidade técnica, vê-se claramente como a pesquisa estruturalista, no campo da arquitetura, era o equivalente da pesquisa impressionista na pintura. Uma estrutura linear que não