A Arqueologia do Espírito
A Arqueologia do Espírito
As sessões precedentes introduziram aqueles que, ao meu ver, são os principais componentes da evolução da consciência: ondas, correntes e o eu.
O que se deve ter em mente é que, tomados conjuntamente, os níveis básicos de praticamente cada um dos principais sistemas, antigos e modernos, orientais e ocidentais, simplesmente descrevem um imenso campo morfogenético, ou espaço de desenvolvimento, o qual é migratório – ele se gradua hologarquicamente, transcendendo e incluindo ninhos, indefinidamente, convidando a um desenvolvimento.
Além disso, essas diferentes concepções migratórias exibem uma notável harmonia, não em pontos específicos, mas no espaço de desenvolvimento que eles retratam.
Como vimos, essas são as ondas básicas do ser e do conhecer, essa arqueologia do espírito, através das quais fluem as varias correntes do desenvolvimento, todas elas equilibradas e (idealmente) integradas pelo eu em sua notável jornada que vai do subconsciente para o autoconsciente e daí para o superconsciente.
A exclusividade de uma identidade com um dado eu (ego corporal, persona, ego, centauro, alma) é dissipada ou liberada com cada estágio superior do crescimento do eu, mas as capacidades funcionais importantes de cada um são conservadas, incorporadas (hologarquicamente) e, com frequência, fortalecidas em estágios sucessivos.
Cada vez que o eu (eu proximal) sobe um degrau até uma esfera mais nova e mais elevada do Grande Ninho, ele poderá fazer isso de uma maneira relativamente saudável ou de uma maneira relativamente patológica – o que significa que ele não consegue diferenciar ( e desse modo permanece em fusão/fixação/detenção) ou que ele não consegue integrar ( o que resulta em repressão, alienação, fragmentação).
Um dos principais avanços revolucionários na psicologia profunda das ultimas décadas foi a compreensão de que não existem apenas diferentes tipos de psicopatologia, mas também diferentes níveis de psicopatologia.