a arma e a flor
TAVARES
DOS
SANTOS,Rev.
JoséSociol.
Vicente. USP,
A armaS. e aPaulo, flor: formação da organização policial, consenso e violência
. Tempo Social;
Tempo
Social;
9(1): 155-167, maio de 1997.
INTERVENÇÃO PORev. Sociol. USP, S. Paulo, 9(1): 155-167, maio de 1997.
LICIAL NO ESTADO
CONTEMPORÂNEO
A arma e a flor formação da organização policial, consenso e violência
JOSÉ VICENTE TAVARES DOS SANTOS
RESUMO: O objetivo do texto é analisar sob um enfoque sociológico a organização policial, sua função como máquina repressiva do Estado e as estratégias da construção de uma legitimidade consensual sobre o papel da
Polícia na sociedade moderna e contemporânea. O estudo também propõe uma investigação dirigida a um pluralismo teórico/metodológico, através do qual a internacionalização da visão sociológica, mediatizada pelo processo de globalização, torna possível se compreender a polícia em uma sociedade ainda em processo de consolidação democrática.
UNITERMOS: organização policial, estado-nação, violência, sociedade contemporânea, consolidação, democrática.
O
objetivo deste artigo é a elaboração preliminar de uma abordagem sociológica acerca da organização policial, de sua formação enquanto aparelho repressivo do Estado e das estratégias de construção de um consenso acerca da função social da instituição policial nas sociedades modernas e contemporâneas, enfatizando o efeito da violência, legítima e ilegítima, sobre tal processo de institucionalização de uma legitimidade política.
Em primeiro lugar, vamos retraçar as origens da organização policial desde o momento da formação do Estado-Nação e de sua inserção no exercício da governabilidade. Em segundo lugar, pretendemos esclarecer a constituição da organização policial enquanto formadora de um ofício específico, marcado pela duplicidade: agente do exercício do monopólio da violência física legítima e, simultaneamente, agente de produção do consenso.