A aquisição de sequências consonantais do espanhol por brasileiros
COSTA, Liziane Mastrantonio1; BRISOLARA, Luciene Bassols2
(lizianemastrantonio@hotmail.com)
Palavra-chave: sequências consonantais; língua; fala.
Introdução Na aprendizagem de um novo idioma existem diversos fatores que estão envolvidos, como, por exemplo, a motivação, a aptidão, o tempo de dedicação ao estudo da língua, a qualidade do input e, em especial, a influência da Língua Materna, já que este é o primeiro sistema lingüístico adquirido pelo indivíduo. No que concerne à aprendizagem de Espanhol como Língua Estrangeira (E/LE), o falante nativo de português, embora consiga entender relativamente o idioma desde os seus primeiros contatos com o mesmo, costuma apresentar uma série de transferências de sua Língua Materna (LM). Essas transferências encontram-se em vários níveis da língua, ou seja, nível fonético/fonológico, morfológico, sintático, semântico, pragmático, etc. Ao compararmos o Português com o Espanhol, percebemos que apesar das semelhanças existentes entre esses idiomas, há muitas diferenças, o que torna mais difícil adquirir a LE sem constantemente fazer uso da interlíngua. Segundo Santos Gargallo (1999, p.28), o termo “interlíngua” refere-se ao sistema próprio do aprendiz que está adquirindo um idioma. Este sistema apresenta características da LM, da LE e também outras características idiossincrásicas. Tanto no Português quanto no Espanhol encontramos palavras em que há encontros consonantais, no entanto, cada língua organiza os sistemas de sons de maneira particular. No português, por exemplo, verificamos que há uma tendência à inserção de uma vogal entre essas consoantes, sobre tudo na fala coloquial. Esta inserção de vogal é chamado de epêntese vocálica. Palavras como ‘objetivo’ e ‘absorver’ são pronunciadas como o[bi]jetivo e a[bi]sorver. Contudo, essa vogal não pertence à forma escrita das palavras. Considerando que o espanhol organiza o seu sistema