A aprendizagem significativa e o currículo oculto no cotidiano escolar
Segundo Moreira (1999), a aprendizagem significativa é um processo por meio do qual uma nova informação relaciona-se, de maneira arbitrária, a um aspecto relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo. Isto é, a aprendizagem se dá quando o aluno (re)constrói seu conhecimento e forma conceitos sólidos sobre o mundo, o que vai possibilitá-lo agir e reagir diante da realidade.
Para Ausubel (1963, p. 58) apud. Moreira, Caballero, Rodríguez (1997), a aprendizagem significativa é definida como um mecanismo humano, por excelência, para adquirir e armazenar a vasta quantidade de idéias e informações representadas em qualquer campo de conhecimento. Ainda nesse contexto, em uma visão humanista, Novak apud. Moreira, Caballero, Rodríguez (1997), destaca a aprendizagem significativa subjaz à integração construtiva entre pensamento, sentimento e ação que conduz ao engrandecimento (?empowerment?) humano. Nesse sentido, é essencial destacar que o desenvolvimento de uma aprendizagem significativa está diretamente relacionado com o contexto cultural do educando, ou seja, o aprendizado deve ser pautado em práticas educacionais que possibilitem ao aluno compreender de maneira atuante e critica a sua realidade, construindo um indivíduo autônomo e emancipado educacionalmente. Ainda dentro desse contexto, reconhecer a importância do currículo oculto em quase todas as perspectivas críticas é fundamental para distinguir as definições de currículo oficial (saberes objetivos) e currículo oculto (normas e valores de maneira implícita, transmitidos pelas escolas).
O currículo oculto, apesar do nome, não é considerado uma teoria curricular, pois possui as concepções ideológicas, transmitidas de maneira não verbal, por meio de rituais, gestos e práticas sociais. Está presente no cotidiano escolar sob a forma de aprendizagens não planejadas e é resultado das relações interpessoais desenvolvidas na escola, da