A aplicação do autocuidado na prevenção da hipertensão
A hipertensão arterial representa um problema grave de saúde pública no Brasil, sendo a mais frequente das doenças cardiovasculares. No que diz respeito à etiologia, a maioria dos casos não apresenta uma causa aparente, conhecida como hipertensão essencial ou primária. Em contrapartida, há uma diminuta parcela dos episódios de hipertensão que possui causas definidas, decorrentes de outros agentes, denominada hipertensão secundária.
Dentre os principais fatores que podem ocasionar este tipo de hipertensão, pode-se destacar o hiperaldosteronismo primário (HAP). Barbosa et al. (2010) estimam que o hiperaldosteronismo primário atinge cerca de 6,1% da população, porém em hipertensos resistentes, esta prevalência pode chegar a 22%, capeletti (2009) relata que essa secreção inadequada do hormônio mineralocorticoide acarreta dano cardiovascular, supressão de renina plasmática, hipertensão, retenção de sódio e excreção de potássio que se prolongada. Além do tratamento cirúrgico, a participação ativa dos pacientes no sentido de modificar alguns comportamentos prejudiciais à saúde e assimilar outros que beneficie sua condição clínica são de suma importância, aliado à participação e ao apoio familiar e social. A assistência de enfermagem a pacientes com ênfase no autocuidado tem sido uma alternativa encontrada no sentido de, não só estimular o paciente a participar ativamente no seu tratamento, como também aumentar sua responsabilidade nos resultados da assistência. Para isso, utiliza-se o Processo de Enfermagem, que corresponde a uma dinâmica de ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando à assistência ao ser humano (HORTA, 2005). Tendo como objetivo traçar um plano assistencial de Enfermagem a uma cliente com hipertensão secundária ao hiperaldosteronismo, baseado nos modelos teóricos de Dorothea Elizabeth Orem (Teoria do Autocuidado, Teoria do Déficit do Autocuidado, Teoria de Sistemas de Enfermagem).