A aplicação da ventilação não-invasiva em doentes com insuficiência respiratória aguda pós-operatória
I Pós-Graduação em Ventilação Não-Invasiva para Enfermeiros
Hipótese I – A Aplicação da Ventilação Não-Invasiva em Doentes com Insuficiência Respiratória Aguda PósOperatória
Formador: Mestre César Fonseca Formanda: Enf.ª Cláudia Guerreiro
Lisboa, 2010
Introdução
A ventilação não invasiva (VNI) tem evoluído rapidamente nos últimos anos adquirindo novas e diversas funcionalidades tanto ao nível das interfaces, como o próprio ventilador se associa à satisfação de outras necessidades dos doentes como a oxigenoterapia, administração de aerossóis, humidificação, aspiração de secreções e monitorização. Torna-se assim, cada vez mais disseminado pelos variados serviços e especialidades hospitalares.
Economicamente acessível (PENNOCK, 1991) e fácil de manusear, é utilizada desde as Unidades de Cuidados Intensivos até ao domicílio (BATTISTI, 2005), (ELLIOTT, 2002). Existem, no entanto, ainda algumas barreiras à sua utilização que se prendem maioritariamente com a insuficiente informação/experiência dos profissionais de saúde, na perspectiva das Administrações Hospitalares e na do utilizador (BATTISTI, 2005). Neste sentido, julgo pertinente aprofundar conhecimentos sobre a aplicabilidade da VNI na insuficiência respiratória
aguda (IRA) pós-operatória no adulto e cuidados de enfermagem, uma vez que exerço funções num serviço de cirurgia com cuidados intermédios e enfermaria.
VNI e Insuficiência Respiratória Aguda no Pós-Operatório A VNI é cada vez mais considerada como tratamento de primeira linha da IRA de origem não cirúrgica, apresentando bons resultados em variados estudos (PENNOCK,1991), (MEDURI,1996), (CONTI, 2007), (GARPESTAD, 2007), (BENDITT, 2009), (NARITA, 2010), (CILEDAG, 2010). No que se refere à IRA pós-operatória, as conclusões dos estudos enfatizam as limitações dos mesmos, tais como o tipo e duração do estudo, a especificidade dos serviços, heterogeneidade e quantidade da amostra, apesar de obterem resultados