A antropo-ética

“Busca-se, com frequência, distinguir ética e moral. Usemos “ética” para designar um ponto de vista supra ou meta-individual; “moral” para situar-nos no nível da decisão e da ação dosindivíduos. Mas a moral individual depende implícita ou explicitamente de uma ética. Esta se resseca e esvazia sem as morais individuais. Os dois termos são inseparáveis e, às vezes, recobrem-se.” (pág. 15, O método 6, Morin)
Ser sujeito:

Auto-afirmar centro do universo (egocentrismo):

Princípio da inclusão

Princípio da exclusão

Decisão consciente e esclarecida de:

Assumir a tríade indivíduo/sociedade/espécie na complexidade do nosso ser;

Alcançar a humanidade em nós mesmos, em nossa consciência pessoal;

Assumir o destino humano em suas contradições e plenitude.

Assumir uma missão antropológica do milênio é:

Trabalhar para a humanização da humanidade;
Obedecer à vida, guiar a vida;
Alcançar a unidade planetária na diversidade;
Respeitar no outro a diferença e a identidade;
Desenvolver a ética da solidariedade;
Desenvolver a ética da compreensão
Ensinar a ética do gênero humano.

A crise dos fundamentos éticos é produzida por e produtora de:

Aumento da deterioração do tecido social em inúmeros campos;
Enfraquecimento, no espírito de cada um, do imperativo comunitário e da Lei coletiva;
Fragmentação é, às vezes, dissolução da responsabilidade na compartimentação e na burocratização das organizações e empresas;
Um aspecto cada vez mais exterior e anônimo da realidade social em relação ao indivíduo;

Hiperdesenvolvimento do princípio egocêntrico em detrimento do princípio altruísta;
Desarticulação do vínculo entre indivíduo, espécie e sociedade;
Des-moralização que “culmina no anonimato da sociedade de massa, na avalanche midiática e na supervalorização do dinheiro”

Fonte:
Morin, Edgar. Os Sete Saberes Necessários a Educação do Futuro. Editora Cortez
Morin, Edgar. O Método 6 – Ética. Editora