A antiguidade ta rdia (sécs. ii – viii): sob o prisma da nova história política
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A Antiguidade Tardia (sécs. II – VIII...A AntiguidAde tArdiA (sécs. ii – Viii): sob o PrismA dA noVA HistóriA PolíticA1 tHe lAte Antiquity (c. ii-Viii ad): under tHe PoliticAl nouVelle Histoire PersPectiVes
Renata Cristina de Sousa Nascimento* Ivan Vieira Neto**
Em sua reflexão sobre a questão entre História e Ciências Sociais (2004), o historiador François Dosse concluiu que a materialidade da “trama dos acontecimentos” é fundamental para a elaboração do discurso, pois deve-se sempre levar em consideração as suas condições de emergência. Estas palavras iniciais são importantes para a compreensão do livro recentemente lançado por Renan Frighetto, intitulado Antiguidade tardia: roma e as monarquias romano-bárbaras numa época de transformações (séculos ii – Viii). Trabalho este elaborado junto ao NEMED- Núcleo de Estudos Mediterrânicos da Universidade Federal do Paraná. A análise do conceito de Antiguidade Tardia, ponto central na problemática discursiva construída pelo autor, não se separa do momento histórico no qual está inserido. Portanto, entre o texto e o contexto estabeleceu-se uma dinâmica de rupturas, mas também de continuidades. O que pode ser observado mais facilmente se privilegiarmos o campo político, como procede o autor. A Nova História Política parte da assertiva segundo a qual “o político é o ponto de partida para onde conflui a maioria das atividades e que recapitula (reorganiza) os outros componentes sociais.” A análise do que se caracteriza como Antiguidade Tardia perpassa pela construção do poder enquanto campo de representação do social, um processo de transformações baseado numa longa duração que teve o seu início ainda durante o Principado Romano.
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Doutora em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Professora da Universidade Federal de Goiás (UFG-Campus Jataí), da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Participante do NEMED (Núcleo de Estudos Mediterrânicos – UFPR).