A ansiedade social
Psicologia - 2º Ano - 1º Semestre – Turma 1
Psicopatologia da criança e do adolescente
Manuel Catalão de Sousa Nº 39320
Perturbações do funcionamento social com início na infância e na adolescência – A ansiedade social
História do quadro clínico
A ansiedade social, também conhecida em casos mais graves como fobia social, foi um conceito utilizado pela primeira vez por Pierre Janet em 1903, com o nome de
Phobie des situations sociales, no qual classificava os pacientes que apresentavam receio em serem observados enquanto falavam, ou efetuavam outras atividades (Fresco
& Heimberg, 2001; cit. por Vagos, 2010).
No entanto, só mais tarde, em 1966 o conceito de Fobia Social, na clínica, começa verdadeiramente a evoluir com os trabalhos de Marks e Gelder, com os quais mostraram a possibilidade de distinguir distintas fobias particulares a partir da sua idade característica de início. Estes autores, definiram a fobia social como o medo excessivo e irracional de ser observado ou avaliado em situações de desempenho social, tais como, comer, beber, falar em público, entre outros, revelando-se o mesmo mais incidente entre os 15 e os 30 anos de idade, com uma média que incidia nos 19 anos (Gouveia, 2006).
De acordo com Liebowitz, Gorman, Fyer, & Klein. (1985), até à metade da década de 1980, a ansiedade social era considerada um transtorno ansioso esquecido pela investigação. Desde então, tem surgido um número crescente de publicações sobre o tema, o que revela um renovado interesse pelo mesmo (Neto, 2000).
Na atualidade esta problemática é considerada como a terceira perturbação psiquiátrica mais frequente (Fresco & Heimberg, 2001; cit. por Vagos, 2010).
A ansiedade social habitualmente tem o seu inicio na infância e é facilmente confundida com a timidez. Revela-se mais evidente no sexo feminino, embora seja no
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sexo masculino onde esta provoca mais prejuízos pessoais, o que leva os indivíduos