A andragogia em confronto com a formação pedagógica para a prática do docente do ensino superior
Marcia de Oliveira Torres Vanderlei E-mail: marcia.otv@uol.com.br
Resumo
Este trabalho tem por objetivo comparar as práticas cotidianas dos professores universitários que não assumem sua identidade docente no que diz respeito à formação pedagógica e ao processo de ensino-aprendizagem. Em contrapartida, estes docentes são experientes no campo de trabalho e dominam teoricamente os conteúdos, trazem em sua bagagem uma história de vida e estão dispostos a aprender e transformar. Apesar das transformações na vida do ser humano, os sistemas tradicionais de ensino ainda continuam estruturados na pedagogia conteudista, autoritária e punitiva. Hoje o discente desenvolve uma habilidade intelectual, quer experimentar e vivenciar. Neste cenário atual podemos inserir o modelo andragógico, no qual o aluno adulto “aprende fazendo”.
Introdução Andragogia significa “ensino para adultos”. Falando de forma mais poética, é “arte e ciência na aprendizagem do adulto”. O docente deverá levar em consideração o aspecto sociológico, estrutural e cultural da região, da instituição e do aluno, com o objetivo de explorar as habilidades e riquezas do cotidiano possíveis de gerar conhecimentos e aprendizado; deve buscar promover este aprendizado por meio da experiência, fazendo com que a vivência estimule e transforme o conteúdo, impulsionando a assimilação. O modelo pedagógico, aplicado também ao aluno adulto, persistiu através dos tempos, chegando até o século presente, e foi a base da organização do nosso atual sistema educacional. Quando começou a construir o modelo andragógico de educação, Malcolm Knowles o concebeu como a antítese do modelo pedagógico: “andragogia x pedagogia”. Segundo sua análise, o modelo pedagógico confere total responsabilidade ao docente para decidir o que será ensinado, como isso será feito e para avaliar se foi aprendido. A