A An Lise Da Revolu O Burguesa No Brasil Revela
Florestan Fernandes adota uma concepção de classe social segundo a qual as classes são inerentes ao capitalismo, surgindo na história com a implantação do modo capitalista onde há um padrão de acumulação de capital que é típico da relação de parceria desigual das burguesias envolvidas, cuja forma Florestan designa como “sobre apropriação repartida do excedente econômico”. Neste sentido, Florestan entende a sociedade capitalista como uma sociedade aberta. Nela se dá a distribuição da população em classes sociais e, portanto, há diferenciação e desigualdade social.
A expropriação do trabalho é o fundamento do capitalismo enquanto modo de produção, a democracia burguesa também é essencial para o funcionamento do modo de produção capitalista e o controle das suas crises.
Concluindo, numa sociedade de classes o conflito não é apenas um processo social que aproveite aos setores dominados, porque provocador de mudança. No esquema teórico com o qual Florestan trabalha, o conflito é essencial até mesmo para a constituição das classes dominantes enquanto verdadeiras classes, capazes de reconstruir e de moldar o mundo como seu, no exercício pleno do seu papel enquanto dominantes.
Segundo Florestan Fernandes, o Brasil não foi uma nação capitalista desde o seu descobrimento, ele vai conhecer este modelo tardiamente.
Bibliografia
http://www.iea.usp.br/publicacoes/textos/limoeirocardosoflorestan1.pdf