A Alma para Platão
Platão em sua obra “A República” começa a esboçar sua ideia de alma no livro IV. Nesse livro ele apresenta-nos o dialogo de Sócrates, Adimanto e também Glauco entre outros a que ali estavam. É nesse dialogo que estes discutem sobre a criação de uma cidade que seria “perfeita” em todos os âmbitos e que também seria formada por cidadãos que seriam ideais.
Nesse dialogo para se achar as formas e as linhas perfeitas que esta cidade fictícia deveria ter, Sócrates apresenta de uma forma muito lógica que tal cidade deve ser sabia, ou seja, prudente em suas decisões e para isso ser administrada por pessoas que a protegem de se tornar medíocre por excesso ou falta de riquezas e também deve se munir de um grande aparato educacional para criar os futuros cidadãos sempre prudentes. Corajosa, ou seja, fazer fixar em parte de seus cidadãos conceitos sólidos através de uma longa educação a respeito das coisas a temer, o seu numero e sua natureza. E também possuir temperança, ou seja, exercer certo domínio sobre certos prazeres e paixões – de uma forma que Sócrates não considera exagerada - a expressão comum “senhor de si mesmo” e outras semelhantes, que são por assim dizer, vestígios dessa virtude. Nesse ponto Sócrates levanta uma questão que mais a frente vai ser de extrema importância para nossa interpretação do que é a alma.E esse ponto a ser levantado por Sócrates e a estranheza do termo “senhor de si mesmo” pois, se você é senhor de si mesmo você também é escravo de si, com isso Sócrates levanta a questão das duas partes da alma uma superior em qualidade e outra inferior.Mas essa é uma questão que trataremos mais a frente. Como a definição de justiça para Sócrates é aquela que diz que cada um deve assumir aquilo que é naturalmente apto a fazer, ou seja, cada um deve fazer o que é apenas de sua competência deixando as outras coisas para aqueles que são responsáveis por elas. Logo se a cidade é sabia, corajosa e moderada ela