A alma da cidade: Personagens urbanos de Florianópolis
Na rua, uma das principais artérias da cidade, existe o mundo dos camelôs, vendedores ambulantes, solitários anônimos, ilustres desconhecidos, turistas, colegiais, pessoas em trânsito, estátuas, obras de arte, monumentos... Há inúmeras variedades de figuras, com vestuário, jeito, andar, rosto e expressões fisionômicas diferenciadas.
Uma multidão caminha com os olhos fixos no chão, nos ponteiros dos relógios ou nas vitrines das lojas, ou ainda correm e tomam atalhos com o objetivo de chegar mais depressa. Sempre presas a uma “ditadura” que surgiu na época do capitalismo industrial e permanece até hoje com aumento progressivo de sua intensidade.
Já a Praça XV, primeiro espaço público claramente definido de Florianópolis, diferencia-se dos outros espaços por ainda preservar o antigo conceito de praça, da sociedade tradicional, onde o espaço público é o lugar da vida coletiva, de reunião e encontro, de lazer. Os velhinhos que se divertem e passam o tempo jogando dominó, juntamente com artesãos, hippies, músicos locais e engraxates, dão vida e segurança ao local. O calçadão da Conselheiro Mafra e Felipe Schimidt e suas transversais se transformam numa segunda rua de comércio, com vendedores ambulantes, camelôs, índias guaranis, entre outros.
Estes espaços urbanos são entendidos a partir de sua localização e de seus limites, que definem sua territorialidade. A marcação desse território acontece não apenas por limites geográficos ou referenciais visuais, mas pela apropriação do espaço por um grupo que desenvolve uma atividade específica, dando-lhe uma identidade.
Contextualização do espaço privado no espaço público (1)
Todas as relações que envolvem usuário e meio, sejam