A alfabetização e o processo de letramento
Acadêmicos: Claudio Luis Gutz, David Robert Berto Lima e Jaqueline Schmoeller.
A Alfabetização e o Processo de Letramento
Olhar, copiar, repetir. Nunca pensar, porque se corre o risco de errar. Colocar a inteligência de lado, ou melhor, dobrá-la e colocá-la na mochila antes de entrar na aula. Como poderão aprender nossas crianças nessas condições, sendo reduzidas a um par de olhos, um par de ouvidos e um aparelho fonador? (FERREIRO, 2007, p.66)
No momento em que João começa a frequentar a escola, tudo que vê durante o dia faz lembrar do aprendizado. Vai se familiarizando com os temas, placas, qualquer escrita que vê por onde passa.
Em nosso cotidiano, podemos identificar inúmeras situações que contribuem de forma significativa no processo de letramento. Dentre elas, podemos destacar, por exemplo, anúncios em outdoors, placas de sinalização, receitas culinárias em nossa casa, enfim, uma variada gama de representações da língua escrita de modo que desde muito cedo passamos a interagir com o mundo, mesmo antes da alfabetização.
É importante que em um contexto atual de mundo globalizado e em constante evolução, se faz necessário que as pessoas sejam inseridas num processo de alfabetização e letramento com a ajuda e apoio da família o mais cedo possível, a fim de construir mecanismos que facilitem essa inserção. Fazer despertar o desejo e lançar desafios, pois é por meio dos desafios que a criança vai buscar o conhecimento, a aprendizagem. No entanto, é preciso respeitar os espaços e os limites da criança de forma que esse processo venha a ocorrer de forma natural e produtiva.
Quando se percebe que a língua falada e a língua escrita se complementam entre si sem jamais se conflitarem. Daí, a criança passa a perceber o significado de tudo e resposta aos problemas com os quais se confronta, de forma a proporcionar a ela certo fascínio diante desta descoberta de conhecimento, encontrando sentido no que vê.
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