A alfabetização dos portadores da síndrome de down
A Síndrome de Down não é uma doença e muito menos uma deficiência mental. É uma condição de vida, um estado biológico alterado, em decorrência de anormalidades romossômicas. Há algumas décadas era inadmissível pensar que crianças portadoras da Síndrome de Down pudessem ser escolarizadas e incluídas na categoria da deficiência mental, a maioria era considerada como ineducáveis e ignorados pelos professores. Segundo Voivodic (2004) apud Melero, “para favorecer a educação da criança, é importante o trabalho como processos cognitivos: percepção, atenção, memória e organização de itinerários mentais”. Para Martins (2002), os que possuem a síndrome de Down “a educação abrange desde a estimulação essencial, passando pela educação ministrada na escola, até chegar ao treinamento profissionalizante, visando a sua inserção num trabalho produtivo, dentro de um ambiente o menos restritivo possível”. É lógico que a educação dessas crianças é um processo complexo e necessita de adaptações, além de recursos especiais, inclusive de professores capacitados na área. Elas são capazes de compreender seus limites e conviver com suas dificuldades, a maioria tem iniciativas para tomar decisões, não sendo necessário que fique falando o tempo todo, “faça isso ou faça aquilo”. Sua construção do conhecimento, das letras, dos números é mais lenta, seus interesses e manifestações são iguais a de qualquer outra criança. Essas crianças não são problemas, apenas apresentam desafios à capacidade dos professores e das escolas para oferecer uma educação para todos, respeitando a necessidade de cada um. A maioria das escolas têm poucas alternativas para oferecer a estes alunos. O problema não é deixar a criança nessa ou naquela escola, e sim como evitar a exclusão, e ao mesmo tempo, incentiva o desenvolvimento intelectual e emocional. O importante de tudo, é que o professor, a família e a comunidade escolar