A alegoria da caverna: Platão
A alegoria da caverna nos conta a história de homens que viviam numa caverna, e que não conheciam o mundo exterior. Eles enxergavam somente as sombras das coisa refletidas nas paredes. Um dia, um deles resolveu sair para ver o que havia lá fora e, no momento em que seus olhos tiveram o primeiro contato com a luz do sol, o mesmo o cegou temporariamente, até que se acostumasse com aquela claridade ainda desconhecida.
Quando ele abre os olhos, vê que tudo a sua volta tem forma e cor, e percebe tudo o que havia deixado de aproveitar enquanto esteve “preso” na caverna.
Ao voltar pra dentro de seu antigo aposento, relata aos outros tudo o que havia visto lá fora. Mas, eles não acreditam nele...
Essa história remete ao medo que temos de conhecer o novo, e arriscar novas experiências em nossa vida tanto pessoal, profissional ou em novas relações. Podendo, assim, perder oportunidades únicas de realizarmos sonhos e desejos tão almejados. O desconhecido nos assusta, nos acua e muitas vezes nos protege de cometermos erros.
Talvez, inconscientemente, esse medo seja uma forma de nos protegermos do risco que assumimos do incerto, ao aceitar tais mudanças, sabendo que provavelmente não conseguiremos voltar à “caverna” depois de conhecermos a “luz”.
Cabe a cada um, a escolha da forma de busca do conhecimento, se será através das sensações, aparências (mundo das sombras), ou pela contemplação da realidade (mundo das ciências, das essências). Mas, feita a escolha, seu retorno à caverna é necessário para que possa levar informações a quem ainda está na condição de escravidão, para que este, também tenha oportunidade de escolha. Se não houver este retorno, estará dando um passo apenas, que é a saída da caverna, e não a busca da realidade e a transformação do mundo, e esta não depende somente de uma pessoa, mas de todos.