A Alegoria Da Caverna De Plat O
VALQUÍRIA DAS NEVES TEIXEIRA COSTA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
Sócrates entende a Filosofia como a busca da sabedoria e, também, como um modo de viver e não só de saber. Em O Banquete a filosofia consiste em desejar a verdade e procurar realizar este desejo. Para Platão, a Filosofia é o encontro da sabedoria, tornando-se a filosofia uma verdade encontrada e conhecida. Em A República a filosofia é a realização da verdade, é a verdade. Platão não só diz que é possível e é preciso alcançar a verdade na teoria, mas também é preciso e é possível por esta verdade em prática, pois só incluindo os aspectos teórico e prático, temos possibilidade de resolver os problemas, de maneira definitiva.
A ALEGORIA DA CAVERNA
Platão revela em "O Mito da caverna", de moto metafórico, o papel do conhecimento, cuja busca se dá através da filosofia. Para tanto usa a alegoria de uma caverna subterrânea, onde lá estão acorrentados homens desde a sua infância, acreditando que a única realidade são as sombras de objetos variados projetadas na parede. Platão usa dois personagens que dialogam entre si: Sócrates e Glauco, seu discípulo, que passa a imaginar as abstrações sugeridas por Sócrates, as quais apresentamos a seguir.
A metáfora apresentada pelo autor mostra-nos que quando somos cerceados do conhecimento, tornamo-nos "prisioneiros" das "verdades" imputadas a nós. A representação distorcida da realidade é absorvida pelos nossos sentidos como única realidade. A separação do homem em relação ao mundo real representa para Marx a "alienação social", um modo de estranhamento entre os homens e entre as coisas. Através dela, apenas a representação da realidade prevalece sobre a sua verdadeira realidade. Isso nos leva a refletir que o homem que vive das representações sociais e materiais da ideologia é um "prisioneiro" de uma classe manipulatória que projeta "imagens" (ideias, concepções de mundo em