A aguia e a galinha
Durante séculos a população rural brasileira foi mantida em regime feudal de propriedade. O senhor da terra tem poder absoluto em algumas regiões. O lavrador não tem nenhum direito sobre o seu trabalho, sua casa e sua roça. Os salários são muito baixos. Uma verdadeira escravidão.
O catolicismo tinha a consciência de uma missão no campo formulada por intermédio das ações católicas especializadas, tendo a juventude universitária como vanguarda. Entre os protestantes essas ações foram menos importantes.
Os camponeses eram tão sofridos que qualquer pessoa ou organização que se dispusesse a ajudá-los, na tentativa de sua aquisição humana era bem recebida.
Julião, com suas Ligas camponesas, lançou, no Nordeste, o medo da revolução agrária. Conseguiu fazer isso por causa da sua admiração por Fidel Castro e sua violência verbal.
Atuavam na sindicalização rural grupos cristãos que se dividiam em “apolíticos” e de esquerda e grupos marxistas que tinham boa validade jurídica.
Sempre que iam fundar um sindicato em determinada área antes fundava um Circulo para assistir os camponeses.
No nordeste o trabalho da Igreja Católica foi facilitado pela própria formação psicológica e religiosa do povo. O misticismo predomina a região por causa da miséria, à seca, à violência da política de barões feudais. Isso leva-os a um apego maior as questões que envolve a Fé.
Enquanto os camponeses começavam a viver os latifundiários organizavam as reações. Compravam armas e homens para acabar com a paz no campo. Começava as invasões de terras homens matavam e morriam. Só que os camponeses morriam muito mais do que matavam.
Milor Fernandes, em um de seus momentos de humor negro, inventou o slogam “Visite o Piaui, antes que acabe” para incentivar o turismo no estado.
Após o Golpe a policia foi usada para despejar as famílias, aproveitando das circunstâncias políticas, cometeram toda sorte de violência e barbaridade. Muitos camponeses foram assassinados corpos surgir