A agricultura brasileira

A agricultura é a forma mais primária através da qual o homem altera a natureza primeira, o espaço natural. Ao laborar o solo e criar rebanhos o homem passou a produzir o espaço geográfico. O desenvolvimento da agricultura (e principalmente a sua intensificação) possibilitou o surgimento das cidades e a construção de um espaço geográfico cada vez mais artificial. No Brasil, historicamente a ocupação de novas áreas tem como característica a intensificação das atividades agropecuárias. Com a exceção da mineração, a extração vegetal e a agricultura monocultora de exportação foram as atividades econômicas desenvolvidas no Brasil que determinaram unilateralmente a forma de ocupação do território brasileiro até o século XX, quando a industrialização passou a ter importância nas atividades produtivas do País. Até então as regiões efetivamente ocupadas estavam localizadas na costa e a ocupação do interior era bastante rarefeita.
A ocupação do território brasileiro se iniciou pela região nordestina e depois foi se alastrando para o litoral do sudeste. O produto principal produzido era o açúcar, e era uma produção voltada à exportação. Nos dois primeiros meses de ocupação a produção açucareira cresceu, mas os portugueses precisavam maximizar sua produção, com isso foi estabelecido uma pecuária extensiva que tinha como objetivo o fornecimento de carne, força motriz e transporte para a produção açucareira. No século XVIII a produção açucareira foi sendo substituída pela mineração e foi com a mineração que Portugal decidiu explorar a colônia.
O século XIX foi marcado pelo desenvolvimento da produção de café no sudeste. A cafeicultura era a principal atividade econômica do país. Foi marcada também pelo fim da escravidão que incentivou a vinda de imigrantes europeus para o Brasil. A imigração foi importante para a ocupação da região Sul do Brasil, onde foi estabelecida a colonização camponesa por imigrantes italianos, alemães e eslavos. No Brasil, historicamente a agricultura