A agenda setting
Cecília Soares de PAIVA
Resumo
O presente artigo aborda a hipótese de gatekeeper, que reconhece o jornalista como um portal selecionador da informação, com suas produções e emissões textuais, e a hipótese do agendasetting que atribui aos meios de comunicação, a responsabilidade de insuflar temas para que a sociedade os comente. Tais conceitos interligam a ação pessoal do profissional de comunicação à receptividade do público, ou seja, do emissor gatekeeper às reações do receptor pelo agendasetting, ilustrando uma possibilidade prática para o agir comunicativo favorável ao fluxo da informação ética e responsável. Ao profissional da informação cabe discernir teorias e estudos que fundamentem a veiculação midiática e ser gestor de um processo que ultrapasse possíveis filtragens editoriais para que cheguem ao leitor, assuntos para seu discernimento e atuação cidadã. Palavras-chave: Agenda-setting, agir comunicativo, fluxo da informação midiática, gatekeeper, teorias de jornalismo .
2
Introdução
O estudo das teorias de comunicação favorece a compreensão de mecanismos aplicáveis no cotidiano, possibilitando caminhos em que a ética é qualidade intrínseca às ações profissionais.
Na análise teórica sobre fluxo da informação jornalística, as hipóteses de gatekeeper e agendasetting apontam situações de controle da informação e por essa característica, são inspiradoras para o fluxo da informação de temas favoráveis à consciência coletiva e conseqüente integração social. Em síntese, a hipótese de gatekeeper, inicialmente desenvolvida pelo psicólogo Kurt
Lewin, reconhece o jornalista como um portal da informação, com suas produções e emissões textuais, já a hipótese do agenda-setting, estudada por Maxwell McCombs e Bernard Shaw, atribui a responsabilidade dos meios de comunicação de insuflar temas para que a sociedade os comente.
Estudiosos