A adição de iodo ao sal comestível
Encontros violentos entre membros de torcidas organizadas de times de futebol, a mais das vezes programados via redes sociais na internet, são constantes no Brasil, especialmente nas capitais de maior densidade populacional. Os resultados são sempre trágicos, com mortes e lesões graves entre os brigões.
“Na verdade, não são torcedores apaixonados por seus clubes, mas delinquentes contumazes, sequiosos de sangue.
Amam a rixa, o gosto mórbido de ferir e de matar. Partem para o confronto armados de paus, barras de ferro, revólveres e dispostos a tudo, sem nenhum freio moral. É uma guerra, onde, para eles, é natural e legítimo abater o “inimigo”, isto é, o torcedor rival.
Se na guerra convencional há uma ética que o direito internacional determina que se observe como norma jurídica, na rixa entre essas torcidas não há qualquer limite à violência. Uma cena flagrada pela televisão tornou-se emblemática da malvadez e da crueldade: numa dessas brigas coletivas, um participante foi abatido por golpes de barras de ferro. Mesmo caído no chão, sem condições de defesa alguma, todos os adversários que passavam chutavam impiedosamente a vítima e ainda aplicavam mais pancadas com porretes.
“Muito já se escreveu a respeito da ferocidade das multidões. Integrado na multidão ou nos grupos, o indivíduo já predisposto à crueldade e às ações antisociais, encontra ambiente propício para dar vazão aos baixos instintos e reações primitivas.
“os desvairamentos da multidão são rápidos e perigosos. A sugestão que a inflama exerce, as vezes, sobre os indivíduos que a formam numa espécie de fascinação quase irresistível. Exagera o fato antropológico. Exalta o ódio reprimido. Anestesia, instantaneamente, a consciência e desperta e anima os sentimentos de crueldade que permanecem adormecidos”.
Não precisam de motivos para aniquilar o torcedor contrário. Parece que animalidade prorrompe, “quebrando os freios morais, fazendo saltar a