A Acumulação do Capital: estudo sobre a Interpretação Econômica do Imperialismo
Rosa Luxemburgo Rosa Luxemburgo (1871-1919) foi uma filósofa e economista marxista polonesa. Em 1913 publicou seu tratado de economia, A Acumulação do Capital, traduzido à língua portuguesa em 1976 pela editora Zahr Editores no Rio de Janeiro. No primeiro capítulo, intitulado “Objeto desta Investigação”, Luxemburgo começa expondo uma das maiores contribuições que Marx deu à Economia Política teórica que foi o modo de mostrar o problema da reprodução do capital social em conjunto. Ainda no início do texto a autora já faz o seguinte questionamento: “Em que consiste o problema da reprodução do capital social?”. A partir daí desenvolve todo o texto do capítulo para responder essa pergunta. O raciocínio começa com os povos primitivos que, com suas atividades de caça e pesca, apenas renovam a produção pelo acaso, sem tem muita noção da necessidade que isso representa, sendo mais uma questão de repetição. Somente com o cultivo da terra aparece a necessidade de regular a produção e o consumo, então a reprodução deixa de ser mera repetição, passa ter certo nível de produtividade o trabalho. Ela coloca que o processo de produção é uma unidade formada por dois elementos distintos e intimamente ligados: as condições técnicas (homem – natureza) e as sociais (homem – homem). Para representar essa relação, enumera os tipos de sociedades existentes. Numa tribo agrária comunista primitiva a reprodução se dá em conjunto, em órgãos democráticos. No caso da exploração à base de escravos ou num feudo, a reprodução é imposta pelo regime de domínio pessoal. Em todas as sociedades, exceto a capitalista, para haver reprodução devem existir os meios de produção e as forças de trabalho necessário, apenas sob influências exteriores (ex.: guerras, desastres naturais, etc.) esse processo é interrompido. As sociedades capitalistas se comportam diferente. A reprodução nesse caso depende somente da