A Abobada

Autor
Poeta, romancista, historiador e ensaísta português, Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo nasceu a 28 de Março de 1810, em Lisboa, e morreu a 13 de Setembro de 1877, em Santarém. A sua obra, em toda a extensão e diversidade, ostenta uma profunda coerência, obedecendo a um programa romântico-liberal que norteou não apenas o seu trabalho, mas também a sua vida.
Nascido numa família modesta, estudou Humanidades na Congregação do Oratório, onde se iniciou também na leitura meditada da Bíblia.
Entre 1834 e 1835, publicou importantes artigos de teorização literária na revista Repositório Literário, do Porto. Em Lisboa, dirigiu a mais importante revista literária do Romantismo português, O Panorama, para que contribuiria com diversos artigos, narrativas e traduções.
Em 1853, fundou o jornal O Português e, dois anos depois, foi nomeado vice-presidente da Academia Real das Ciências e incumbido pelos seus consórcios da recolha dos documentos históricos anteriores do século XV- tarefa que viria a traduzir-se na publicação dos Portugaliae Monumenta Historica, iniciada em 1856.
Considerado o criador do romance histórico português, dentro do espírito do romantismo, publicou, entre muitas outras, as seguintes obras: A Harpa do Crente (1838), Eurico, o Presbítero (1844), Histórias de Portugal (4 vol.,1846-1853), O Monge de Cister (1848), Lendas e Narrativas (1851).
Resumo da Obra
É neste conto, A Abóbada, de Alexandre Herculano, publicado em O Panorama em 1839, que encontramos a prova inequívoca do amor do autor pela pátria. Assim, o inflamado discurso do mestre Afonso Domingues, reclamando para um Português a construção do mosteiro da Batalha e condenando que tal empresa seja confiada a mestre Ouguet cuja alma "não é aquecida à luz do amor pela pátria".
O conto foi inspirado em Afonso Domingues, mestre arquiteto. A abóbada do Mosteiro da Batalha é o centro deste conto. Afonso Domingues, que se desdobrou para colocar D. João I no trono, estava construindo um mosteiro e