Zenão de Eleia
Sobre
Natural de Eleia, cidade grega no sul de Itália, filho de Teleutágoras, conterrâneo e discípulo de Parménides, Zenão nasceu por volta de 496-488 a.C e morreu por volta de 435-425 a.C, tendo-se notabilizado pela metodologia a que recorreu em defesa das ideias do seu mestre: em lugar de tentar provar as teses que este professava, procurou deduzir as consequências contraditórias das hipóteses dos adversários, recorrendo a uma técnica lógica similar à que viria a ser conhecida como "redução ao absurdo".
Linha de Pensamento
No pensamento de Zenão, as seguintes características são por ele atribuídas a Deus:
O primeiro atributo deduzido pelo filósofo para compor o conceito Deus é a eternidade. Assim, Zenão nos diz: “É impossível que algo surja; pois teria que surgir ou do igual ou do desigual. Ambas as coisas são, porém, impossíveis; pois não se pode atribuir, ao igual, que dele se produza mais do que deve ser produzido, já que os iguais devem ter entre si as mesmas determinações. Tampouco pode surgir o desigual do desigual; pois se do mais fraco se originasse o mais forte, ou do menor o maior, ou do pior o melhor, ou se, inversamente, o pior viesse do melhor, originar-se-ia o Não-Ser do Ser, o que é impossível; portanto, Deus é Eterno.”
O segundo atributo que Zenão atribui à divindade é a Unidade, como pode ser visto nesse argumento: “Se Deus é o mais poderoso de tudo, então lhe é próprio que seja Um; pois, na medida em que dele houvesse dois ou ainda mais, ele não teria poder sobre eles; mas enquanto lhe faltasse o poder sobre os outros não seria Deus. Se, portanto, houvesse mais deuses, eles seriam mais poderosos e mais fracos um em face do outro; não seriam, por conseguinte, deuses; pois faz parte da natureza de Deus não ter acima de si nada mais poderosos; pois o igual não é nem pior nem melhor que o igual – ou não se distingue dele. Se, portanto, Deus é e se ele é de tal natureza, então só há um Deus; não seria capaz de tudo o que