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O livro “A Metamorfose”, conta a história de Gregor Samsa, que era um caixeiro-viajante, trabalho ao qual era necessário muita dedicação. Gregor vivia exausto e ouvindo reclamações e ameaças de dispensa do Senhor Gerente. Sua família também o cobrava muito, pois seu pai, Senhor Samsa, um tanto doente e gordo, não podia trabalhar. Sua mãe, também gorda fazia os serviços domésticos, e era auxiliada por outra pessoa. No texto Franz Kafka critica ou denúncia os efeitos da cultura capitalista. Na mente de Kafka, a rotina de Gregor era uma “escravidão”, as contas a pagar, muito trabalho etc.
Gregor se encontra convertido em um grotesco inseto, como vemos nesta passagem do livro: “Quando certa manhã Gregor Samsa despertou, depois de um sono intranquilo, achou-se em sua cama convertido em um monstruoso inseto. Estava deitado sobre a dura carapaça de suas costas, e ao erguer um pouco a cabeça viu a figura convexa de seu ventre escuro, sulcado por pronunciadas ondulações, em cuja proeminência a colcha, que estava a ponto de escorregar para o solo, mal podia se manter. Inúmeras patas, lamentavelmente esquálidas em comparação com a grossura comum de suas pernas, ofereciam a seus olhos o espetáculo de uma agitação sem consistência.
- Que me aconteceu?
Ele não sonhava. Seu quarto, um quarto de verdade, embora excessivamente pequeno, parecia como sempre entre suas quatro muito conhecidas paredes. “ Página 9
Franz Kafka optou por criar um personagem grotesco, já que tal opção era típica da época, pois neste momento ficaram populares os estudos de química e física.
Com o passar do tempo, Gregor foi perdendo a fala: “ – Gregor – disse uma voz, a da mãe -, são sete menos um quarto. Não vais viajar?
Que voz suave! Gregor horrorizou-se ao ouvir em troca a sua própria, que era a de sempre, sim, porém que saía misturada com um doloroso e irreprimível assobio fino, no qual as palavras em princípio claras confundiam-se depois, ressoando de modo que não ficava ninguém certo