Xenófanes - Deus Único
FACULDADE DE TEOLOGIA MESTRADO INTEGRADO EM TEOLOGIA (1.º grau canónico)
Miguel Firmino Alves Franco Xenófanes – O Deus único
Dissertação Final sob orientação de:
Prof. Doutor Américo Pereira
Lisboa
2015
Introdução
Neste trabalho irei falar sobre Xenófanes. Darei uma pincelada rápida sobre a sua vida desde que nasceu até o momento em que morreu. Falarei das suas escolhas racionais/religiosas e no fim tentarei fazer uma pequena comparação sobre o pensamento religioso de Xenófanes e o Cristianismo atual.
Capítulo I – Biografia de Xenófanes
Xenófanes foi um filósofo grego, nascido na cidade de Cólofon a 570 a.C. e morreu a 475 a.C. com 95 anos. Deixou a sua cidade ainda jovem para seguir a vida de um “rapsodo” que é um poeta que vai de cidade em cidade recitando poemas. Para além de poeta, Xenófanes foi filósofo, sábio e pensador religioso.
Adversário do antropomorfismo dos poetas, dedicou-se a demonstrar a unidade e a perfeição de Deus. Sua doutrina é um panteísmo idealista que vê uma unidade em toda a matéria.
Pensa-se que Xenófanes terá sido exilado da Grécia pelos persas que conquistaram Cólofon por volta do ano 546 a.C.. Depois de viver algum tempo na Sicília, fixou-se em Eleia, no sul de Itália, onde fundou a escola de Eleia.
Tendo vivido como um nômade, Xenófanes, através das suas viagens, tornou-se num homem muito instruído que sabia interrogar e narrar.
Capítulo II – As religiões
A) A crítica à religião Grega
Xenófanes é o primeiro filósofo que conhecemos a nos dar um conjunto de afirmações Teológicas e é mais lembrado pela sua crítica à cultura grega, especificamente a tendência de antropomorfismo dos deuses:
“Tudo aos deuses atribuíram Homero e Hesíodo, Tudo quanto entre os homens merece repulsa e censura, Roubo, adultério e fraude mútua.” (fragmento 11)
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