Xadrez na Escola
Gary Kasparov
Clauber Figueiredo Martins
Belém – PA – 2011 www.fexpa.org.br 2
APRESENTAÇÃO
“Os hindus explicam pelas casas do tabuleiro a passagem do tempo e das idades, as grandes influências que regem o mundo e os vínculos que unem o xadrez com as almas humanas.” Al
Masudi, historiador árabe, no ano de 947.
Há aproximadamente dois mil anos, em algum país do oriente surgia o
chaturanga, que se transformou no atual jogo de xadrez.
Através de inúmeras guerras e novas rotas comerciais, o xadrez foi introduzido em muitos países do ocidente, passando por novas metamorfoses.
A característica principal do xadrez praticado nessa época era a profunda elitização que sofria sendo chamado “jogo dos reis e rei dos jogos”.
Uma mudança importante se dá quando no século XV Gutemberg cria o tipo móvel, possibilitando a impressão de livros de xadrez ainda no século XV, como é o caso do Arte breve y introduccion muy necessaria para saber jugar el Ajedrez do espanhol Lucena, publicado em 1497.A Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro possui um dos poucos exemplares deste livro existentes no mundo. Com a proliferação dos livros de xadrez ocorre a primeira democratização significativa do jogo.
A segunda democratização do jogo de xadrez ocorrerá na Europa do leste, já no início deste século.
A URSS investe massivamente no jogo de xadrez e resolve adotá-lo como um complemento à educação, experiência esta que foi utilizada com sucesso em muitos países, sendo algumas aqui relatadas.
Partindo da premissa de que o desenvolvimento do raciocínio é elemento fundamental para o engajamento sócio-político de cada cidadão, a Secretaria de
Estado da Educação do Paraná oferece mais este projeto de cunho inovador, que visa ensinar o jogo de xadrez nas escolas como complemento geral à educação.
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