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Dicionário de psicanáliseideal do eu al. Ichideal; esp. ideal del yo; fr. idéal du moi; ing. ego ideal
Sigmund Freud* utilizou essa expressão para designar o modelo de referência do eu*, simultaneamente substituto do narcisismo* perdido da infância e produto da identificação* com as figuras parentais e seus substitutos sociais. A noção de ideal do eu é um marco essencial na evolução do pensamento freudiano, desde as reformulações iniciais da primeira tópica* até a definição do supereu*. No Brasil também se usa “ideal do ego”.
identificação al. Identifizierung; esp. identificación; fr. identification; ing. identification
Termo empregado em psicanálise* para designar o processo central pelo qual o sujeito* se constitui e se transforma, assimilando ou se apropriando, em momentos-chave de sua evolução, dos aspectos, atributos ou traços dos seres humanos que o cercam.
narcisismo al. Narzissmus; esp. narcisismo; fr. narcissisme; ing. narcissism
Termo empregado pela primeira vez em 1887, pelo psicólogo francês Alfred Binet (1857-1911), para descrever uma forma de fetichismo* que consiste em se tomar a própria pessoa como objeto sexual. O termo foi depois utilizado por Havelock Ellis*, em 1898, para designar um comportamento perverso relacionado com o mito de Narciso. Em 1899, em seu comentário sobre o artigo de Ellis, o criminologista
Paul Näcke (1851-1913) introduziu o termoem alemão.
- narcisismo primário, infantil, que a observação das crianças, bem como a dos “povos primitivos”, ambos caracterizados por sua crença na magia das palavras e na onipotência do pensamento, viria confirmar. O narcisismo primário diria respeito à criança e à escolha que ela faz de sua pessoa como objeto de amor, numa etapa precedente à plena capacidade de se voltar para objetos externos.
Narcisismo secundário é menos problemática e a formulação da segunda tópica não modifica sua concepção, muito embora, a partir da redação de Mais-além do princípio de